quinta-feira, 23 de abril de 2009

Perebas

Eu coço o piolho
na cabeça caspolenta
depois tiro do olho
a craca remelenta

a berne peluda
me faz contente
sua toca profunda
cavuca no dente


a lumbriga respeito
no istambi reside
é amiga do peito
e me dá gastrite

Sou amigo da sarna
estabelecida no suvaco
hoje é o meu karma
me coçar tal macaco

Sou amigo da tênia
no meu tistino se abriga
nem o cd da Enya
me dói mais na barriga


Na sola do meu pé
Nem se nota o xulé
quando tem até
miniatura de jacaré

Tem bicheira na minha mão
linda pele escamosa
Pus na unha do dedão
brotoeja cabulosa

Alegres espinhas na testa
o esgoto da imundiça
tudo vira uma festa
sou fã dessa carniça

Me salva o furúnco
subcutâneo vulcão
Basta um cutuco
para acertar o ladrão

Com o ex-corrimento(?) armazenado
encho uma piscina
se for congelado
faço picolé e vendo na esquina

Mas não falei do Sapinho
nem da unha inflamada
Nem da esquistosomose
na arcada dentada

Não falei do furúnculo
na beira do cotoco
Mas inda farei um currículo
De todos meu bicharôco.

Um criame temático
De bicho geográfico

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